quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Pesquisa eleitoral



QUARTA-FEIRA, 3 DE OUTUBRO DE 2012

Pesquisa sobre a intenção de votos para a Prefeitura de Terra Alta. Gilvandro está na frente. 


Pesquisa de intenção de votos para a prefeitura do Município de Terra Alta/PA


Pesquisa de intensão de votos para a prefeitura de TERRA ALTA/PA, realizada pela Alvo Marketing e Publicidade Ltda, contratada pela empresa Multimix Comercial Ltda EPP, com Registro no TRE-PA/TSE nº 00195/2012 em 23 de setembro de 2012, foram entrevistadas 334 pessoas, no período de 21 a 23 de setembro de 2012, nos termos da resolução eleitoral vigente, podendo ser divulgada a partir de 27 de setembro de 2012, com margem de erro de 5,41% para mais ou para menos.

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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Lúcio Flávio Pinto



Amazônia, jornalismo e a peleja de Lúcio Flávio Pinto

Num dia qualquer de maio Lúcio Flávio Pinto foi indicado por unanimidade para receber a chancela mais importante relacionada com a defesa dos direitos humanos e a cidadania do país, o Prêmio Wladimir Herzog, versão 2012. Além da qualidade do trabalho, pesou a favor do autor de mais de 15 livros, o número de processos que o mesmo responde, por pautar em seu quinzenário, o Jornal Pessoal (JP), assuntos de interesse público. O artigo é de Rogério Almeida.

Num dia qualquer de maio Lúcio Flávio Pinto foi indicado por unanimidade para receber a chancela mais importante relacionada com a defesa dos direitos humanos e a cidadania do país, o Prêmio Wladimir Herzog, versão 2012. Lúcio, com quase 50 anos de profissão, desta feita foi apontado, ao contrário de outras ocasiões em que enviou produtos. 

Além da qualidade do trabalho, pesou a favor do autor de mais de 15 livros, o número de processos que o mesmo responde, por pautar em seu quinzenário, o Jornal Pessoal (JP), assuntos de interesse público, tais como: desvio de recurso público, grilagem de terras, condutas suspeitas de magistrados e políticos, e por aí vai. 

O jornalista mais importante em assuntos amazônicos foi ladeado pelo octogenário Alberto Dines, o coordenador do Observatório da Imprensa (OI). Dines é o responsável pela melhor fase do JB nos gloriosos anos do jornalismo brazuca. Trata-se de uma fase de incremento editorial e gráfico, que ocorreu nos fins dos anos 1950 e meados de 1960. Odylo Costa Filho levantou a bola, que foi chutada para frente por Dines, no caso do JB. No mesmo cenário, mas, em outros jornais, estavam figuras que colaboraram para a profissionalização da carreira, entre eles Samuel Weiner, Danton Jobim e Pompeu de Souza. 

Em entrevistas recentes Dines rememorou um fato inusitado, a demissão do hoje senador pelo PMDB do Amapá, o maranhense José Sarney. O então correspondente do JB no Maranhão e também deputado da província tinha por hábito emplacar matérias elogiosas a ele mesmo. 

É creditada a Dines a criação do caderno de cultura, bem como o caderno de estudos em comunicação. A iniciativa do caderno de cultura foi replicada de Norte a Sul do país. Ferreira Gullar, Clarice Lispector, Mário Faustino e Eneida de Moraes figuravam entre os colaboradores. Já o segundo buscava refletir de forma crítica sobre o cenário da imprensa nacional. Dines emerge no campo da comunicação como uma espécie baluarte do jornalismo nacional. Uma reserva moral. 

Hoje o experimentado jornalista responde pela coordenação do OI. A produção do programa veiculado nas noites de terça feira na TV Cultura amiúde tentou contar com a participação de Lúcio. No entanto, a rotina jurídica do jornalista o impediu de comparecer fisicamente. Contudo o editor do JP nunca deixou de ser citado, a exemplo de uma edição do OI dedicada a refletir sobre a cobertura jornalística sobre a Amazônia. A motivação da pauta foi a execução do casal de extrativistas no município de Nova Ipixuna, sudeste do estado. 

O programa analisou a precária e má qualidade da cobertura jornalística dos principais veículos de comunicação dos centros econômicos do Brasil sobre a região. Uma contradição foi erguida, como explicar a má publicação do jornalismo sobre a Amazônia, cumprindo a região um papel estratégico em diferentes campos? Assim como o Estado, a imprensa tem “descoberto” a região sempre após as tragédias sacramentadas. 

Alguns elementos foram consensuados na tentativa de explicar o fato. Um deles é a formação do profissional. O assunto é espinhoso e complexo, demanda tempo e disciplina para coletar dados, ler tratados, ouvir especialistas e as partes em geral envolvidas nas contendas diárias. Outra dimensão levantada é o custo para efetivar viagens em processo de apuração dos fatos na região que responde por mais de 60% do território nacional. 

Em solidariedade e respeito ao labor de Lúcio, Alberto Dines ousou fazer uma edição do OI aqui em Belém. Ela foi toda dedicada ao trabalho do paraoara, que mais tarde conseguiu participar de uma edição do OI no Rio de Janeiro. Quando a pauta é a Amazônia ele é referência indicada. Seja como fonte para pesquisadores ou correspondentes internacionais. 

É neste cenário que há 25 anos o JP segue uma caminhada pedregosa. A mim surpreende empreendedorismo do jornalista, que bem poderia comercializar a sua capacidade intelectual para consultorias de políticos. No entanto decidiu esgrimar com assuntos indigestos. No que pese os processos e a produção do JP, foi capaz de publicar ainda no primeiro semestre dois dossiês: um sobre a grilagem de terras e um sobre a Vale. Sem falar em pelo menos dois livros, sendo um autoral sobre a hidrelétrica de Tucuruí e outro em parceria com um professor. 

Uma matéria de Mário Sérgio Conti na excelente Revista Piauí, edição de julho, ilumina a trilha de bons profissionais que optaram pelos cifrões em consultorias de campanhas. Soma que sempre ultrapassa a casa do milhão. Com a capacidade e estrada que Lúcio Flávio é tributário poderia gozar de tal zona de conforto, ao mesmo no que tange ao numerário. 

Qualquer pessoa medianamente informada sabe do relevante papel que o outsider Lúcio exerce em visibilizar atos secretos ou ocultos das representações de poder no estado e na região. 

Assim tem conseguido se indispor com empresários, como no caso do Cecílio Rego de Almeida, que o processou por conta do JP denunciar a maior grilagem de terra já ocorrida no país. E magistrados, políticos e com donos de empresas de comunicação do estado, como o Grupo Maiorana, que controla a repetidora da TV Globo, canal por assinatura, rádios AM e FM e jornais. O grupo rivaliza com a família Barbalho o controle dos principais meios de comunicação no Pará. 

E foi uma contenda com o grupo Maiorana que gerou o mais novo revés jurídico contra Lúcio Flávio Pinto. Na edição de nº 518 do quinzenário JP o jornalista esclarece os meandros do processo que o condenou a indenizar a família em cerca de R$500 mil reais. 

O jornalista nascido em Santarém, no Baixo Amazonas, oeste paraense, sublinha sempre que a ele interessam os fatos e o interesse público, bem como o contraditório. No entanto, além dos processos já sofreu espancamento físico por parte de um dos Maiorana. Fato amplamente divulgado. 

Outro dia encontrei o editor do JP na Gráfica Smith, na caótica Av. Pedro Álvares Cabral a revisar uma edição do jornal. Estava num canto. Quieto. O cumprimentei. Trocamos umas impressões sobre assuntos variados. 
Aos olhos meus pareceu desprovido de soberba, coisa tão comum entre os pares de profissão ou acadêmicos. A ele pedi um texto para a orelha do livro Pororoca pequena: Marolinhas sobre a(s) Amazônia (s) de Cá, de minha autoria que pretendo lançar ainda este mês. Prontamente fui socorrido. E aqui agradeço novamente a gentileza. A obra foi selecionada para publicação em edital do Banco da Amazônia. 

Existem discordâncias sobre o viés de análise do jornalista. Mas, é fato. O nome do mocorongo Lúcio Flávio Pinto já consta nos anais da história sobre Amazônia e o jornalismo. E isso pode ser verificado com os prêmios nacionais e internacionais, os livros, a colaboração em veículos de comunicação da grande mídia e os considerados alternativos. E ainda a experiência como educador no Brasil e exterior. Para não falar em processos. 

(*) Rogério Almeida é autor do livro Pororoca pequena: Marolinhas sobre a(s) Amazônia (s) de Cá. Obra selecionada para publicação no edital de 2012 do Banco da Amazônia.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Festa da Acerola

Agência Pará divulga a 2ª Festa da Acerola de Terra Alta:

Terra Alta promove a segunda Festa da Acerola

Divulgação
A programação, que tem como produto principal a acerola, será realizada neste final de semana

    DA REDAÇÃO
    AGÊNCIA PARÁ DE NOTÍCIAS
    ATUALIZADO EM 18/07/2012 ÀS 14:18

    No próximo domingo, 21, acontece a segunda edição da Festa da Acerola. O evento, apoiado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), é realizado pela Associação dos Produtores de Terra Alta, no nordeste paraense. Duas mil pessoas estão sendo esperadas para o evento que vai apresentar guloseimas produzidas com o fruto, como bolos, tortas, doces e uma grande variedade de biscoitos, além dos produtos tradicionais como sucos, polpas, licores.
    Terra Alta é um dos maiores produtores de acerola do Estado, com 17 mil pés do fruto plantados e uma produção média por planta de 70 quilos do fruto/ano, da variedade 54, que tem alto poder produtivo, com frutos de tamanho grande e de coloração vermelha intensa, propícia para o mercado consumidor, especialmente para a comercialização in natura. A produção do município abastece indústrias de sucos da região e o mercado das Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa). “Plantar acerola é rentável. O retorno financeiro  chega a 40%”, disse Marli Magno, presidente da associação de produtores do município.
    A programação vai reunir atrações culturais e palestras técnicas voltadas para a cultura da acerola, como boas práticas agrícolas, com a abordagem sobre o uso de agrotóxicos e a importância da produção agroecológica. Dados da Emater revelam que a adoção do bom manejo da cultura, aliado à adubação orgânica, melhora a condição fitotécnica da planta e consequentemente a produtividade.
    Um trabalho desenvolvido pela Emater no município capacita os produtores para a produção das próprias mudas, além do incentivo para a produção do fruto em larga escala, a fim de agregar valor. “Também estamos capacitando os agricultores para a produção da muda enxertada, que melhora o padrão da planta”, adiantou Ricardo Dohara, engenheiro agrônomo da Emater.

    Texto:
    Iolanda Lopes - Emater
    Fone: null / (91) 9168-0535
    Email: ascomematerpara@gmail.com

    Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
    Rod. BR 316, Km 13 S/N. Marituba-PA. CEP: 67105-970
    Fone: (91) 3256-1931
    Site: www.emater.pa.gov.br Email: presidencia@emater.pa.gov.br

    sexta-feira, 20 de abril de 2012

    Supremo o quê?

    Supremo Tribunal Federal

    19.04.2012 17:08

    Peluso: destempero na despedida

    Na quinta-feira 19, o Supremo Tribunal Federal (STF) passou a ser presidido pelo ministro Carlos Ayres Britto, que completará 70 anos de idade em novembro e terá de deixar as funções, salvo se, até lá, for aprovada a apelidada “emenda da bengala”. Essa emenda-constitucional muda o regramento ao passar para 75 anos a idade limite de aposentadoria compulsória aos servidores públicos.

    Fora o grande preparo jurídico, Britto tem marcado a sua trajetória na Corte pela ponderação, equilíbrio e independência. E não terá dificuldade em colocar uma pá de cal no mal estar criado pelo seu antecessor, Cesar Peluso, que se comportou, na véspera de deixar a presidência do STF, de forma destemperada, para dizer o menos.

    Peluso atacou, pesadamente e sem razão, a presidenta Dilma Roussef que, diante de uma explosiva crise econômica-financeira internacional, não reajustou os vencimentos dos magistrados e, por tabela, o de todas as carreiras jurídicas assemelhadas. Ou seja, evitou o conhecido “efeito cascata”.

    À suprema magistrada da Nação, por não ter contentado o bolso das togas, Peluso atribuiu violação à Constituição e descumprimento de decisão do Supremo. O ministro, que cai na compulsória em setembro próximo e poderá ficar no caso de vingar a emenda da bengala, criticou também o colega Joaquim Barbosa, a sua vice no Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, e o senador Francisco Dornelles, responsável pelo arquivamento de projeto de emenda Constitucional (PEC) fundado em proposta de Peluso de aceleração de processos.

    O ex-presidente do STF atribuiu insegurança ao colega pelo fato de o próprio Barbosa achar que chegou ao Supremo não por méritos, mas pela cor da pele. Sobre Calmon, disse não ter contribuído em nada, tendo sido uma espécie de Operação Mãos Limpas italianas, que não condenou ninguém. Calmon, até agora, não lhe respondeu e até poderia lembrar que, ao contrário da sua afirmação, ganhou dele todos os embates. Ao contrário de Peluso, abriu as portas para acabar com o corporativismo assegurador de impunidade a magistrados com desvios de conduta e tornou os tribunais mais transparentes.

    Quanto à Operação Mãos Limpas, Peluso esqueceu, dentre outras, da condenação definitiva de Betino Craxi, primeiro-ministro italiano obrigado a fugir para a Tunísia para evitar a prisão. Quanto a Dorneles, o ministro olvidou do vetusto princípio da separação dos poderes. Não bastasse, ouviu de Barbosa um juízo negativo: “se acha e não sabe perder”.

    O STF, depois da trágica gestão de Gilmar Mendes, viveu na presidência de Peluso tempos de defesa corporativa. Mas com o mérito de apagar a imagem, deixada por Mendes, de agradar a grupos formados por potentes e poderosos. Peluso deu transparência ao STF e não deixou fora de pauta feitos sobre questões de interesse social relevante.

    Disponível em: http://www.cartacapital.com.br

    sábado, 17 de março de 2012

    Concurso do Senado

    Concurso do Senado clonou gabaritos das provas

    Provas para consultor do Senado, um cargo de R$ 24 mil, têm exatamente a mesma sequência de respostas; questões gerais para o cargo têm respostas idênticas e conhecimentos específicos não diferenciam segundo tipo de prova

    Não importa se a prova era de português, direito constitucional e administrativo, raciocínio lógico ou inglês. Não importa se o candidato buscava ser consultor legislativo na área de agricultura ou de transportes. Qualquer que fosse a hipótese, duas coisas eram certas no concurso do Senado, realizado no último domingo (11). A primeira: quem fosse aprovado, passaria a ganhar um salário de quase R$ 24 mil. A segunda: a resposta certa para a primeira pergunta de qualquer uma das provas citadas acima, para qualquer um dos cargos, era letra “D”. Da mesma forma, a resposta em todos os casos para a segunda pergunta era letra “B”. E a coincidência seguia para 50 das 80 questões de todas as provas em todos os cargos de consultor legislativo. Em todas, a resposta para a questão de número 50 também era a mesma: letra “B”. Somente a partir daí, quando as provas deixam de cobrar um conteúdo geral e passam a cobrar conteúdo específico para cada área, é que os gabaritos mudam. Assim, se alguém possuísse o gabarito de qualquer uma das provas, poderia se habilitar a qualquer cargo, e acertar mais da metade da prova, porque, independentemente do conteúdo, a resposta era exatamente a mesma.

    É mais um grave item na sequência de problemas ocorridos com as provas do concurso do Senado desde o último domingo. Já no dia da prova, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo concurso, teve que cancelar as seleções para três cargos. Depois, descobriu-se que várias das questões da prova foram literalmente copiadas de outros concursos. Agora, oCongresso em Foco/SOS Concurseiro descobre mais um escândalo, provavelmente o maior deles: para as 50 questões de conhecimentos não específicos cobrados nas provas de consultor legislativo, o gabarito é exatamente o mesmo.


    O posto mais cobiçado do Senado, de consultor legislativo, oferece nove vagas imediatas e formação de cadastro de reserva e remuneração inicial de R$ 23,8 mil. Cada um dos 8.607 inscritos desembolsou R$ 200 para participar da seleção, o que rendeu R$ 1,7 milhões de arrecadação para a organizadora.

    Gabaritos com a mesma sequência de respostas para todas as questões, conforme gabarito oficial preliminar da FGV

    Gabaritos com a mesma sequência de respostas para as questões de conhecimento não específico e diferentes para disciplinas específicas, conforme gabarito oficial preliminar da FGV

    Conforme apuração do SOS Concurseiro/Congresso em Foco, as respostas às questões aplicadas do concurso, divulgadas na última quarta-feira, permitiam que qualquer candidato respondesse igualmente às perguntas de português, conhecimentos gerais, direito constitucional e administrativo, raciocínio lógico e inglês. Na sequência final da prova, haveria 30 questões de conhecimento específico. O mínimo para aprovação na área era acertar 18 das 30 questões. Ou seja: alguém que tivesse o gabarito e, graças a ele, acertasse todas as questões de conhecimentos gerais, só precisaria estudar para acertar 18 das 30 questões de conhecimento específico.

    Não é a primeira vez que há problemas com a seleção dos futuros consultores. Como divulgou oSOS Concurseiro/Congresso em Foco em dezembro, o edital divulgado às vésperas do Natal continha conteúdo programático clonado do processo seletivo para o mesmo cargo realizado pelo Cespe em 2001. Na primeira semana de janeiro foi divulgado edital retificador (veja o que mudou no concurso do Senado).

    Imoral

    Na avaliação do professor de Direito Administrativo, Washigton Barbosa, não há ilegalidade em oferecer uma mesma prova a todos e não há obrigatoriedade de oferecer vários tipos de avaliações, a não ser que isso esteja previsto no contrato entre o órgão e a banca. “Pelo contrário, é esperado que exista isonomia na avaliação”. Porém, ele considera que oferecer quatro tipos de provas iguais é imoral. “Atitudes como esta facilitam a cola dentro da sala de prova e tornam o concurso vulnerável”.

    Barbosa critica a simplificação do processo seletivo. “O que a FGV fez foi criar formas de reduzir o custo na prova: fazer um só tipo de prova com cores diferentes é mais barato do que imprimir vários tipos”, exemplifica. Outro fator que considera grave é o que chamou de uma maneira de “enganar o concurseiro” ao dispor de cores diferentes identificando o tipo de prova enquanto, na realidade, todos faziam as mesmas questões, na mesma ordem.

    Outras irregularidades

    Desde domingo, dia das provas, os candidatos relatam falta de organização e de segurança nos locais de prova, envelopes com cadernos de questões com lacres rompidos, falta de páginas, cadernos trocados, telefones celulares tocando durante a avaliação e erros de português nos enunciados. Parte das reclamações se transformou em boletins de ocorrência na 21ª Delegacia da Polícia de Brasília e foram parar na Polícia Federal, que garantiu investigar. Com a anulação das provas para os cargos de analistas legislativos nas áreas de enfermagem, análise de sistemas e análise de suporte de sistemas. Ao todo são cerca de 10,5 mil candidatos prejudicados diretamente que disputam 15 vagas.

    Processos seletivos de, pelo menos, mais dois cargos também estão “contaminadas” por problemas. Conforme divulgou o Correio Braziliense, na edição da última sexta-feira, duas questões do cargo de analista da área de fisioterapia são idênticas às aplicadas no concurso da Prefeitura de Balnerário Camboriú (SC), em 2008, e da Eletronorte, em 2006, organizadas, respectivamente, pelas empresas Fepese e NCE/RJ. E outras duas perguntas para médico urologista foram clonadas do caderno de questões da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, aplicadas em 2010.

    Para o advogado especialista em concursos José Vânio Sena, a FGV ignorou o ineditismo. “Quando se contrata uma banca está implícito ao contratante que as questões serão inéditas”, explica. Ele detalha que as atitudes que estão sendo exposta pela imprensa contra a seleção devem ser levadas ao conhecimento do Ministério Público. “Todos os candidatos que se sentirem prejudicados devem levar o caso para o Ministério Público Federal”.

    Ao longo da semana, mais denúncias chegaram ao conhecimento da Polícia Federal, e o Ministério Público Federal também decidiu investigar: vai avaliar se há irregularidades na contratação da banca por dispensa de licitação e a inscrição e depois expulsão do processo seletivo da servidora que integrava a comissão organizadora interna.

    Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br

    quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

    Mais essa do senador

    Senador tucano é denunciado pela 2ª vez em menos de uma semana


    O senador Mário Couto (PSDB-PA) foi denunciado nesta segunda-feira (30) pela segunda vez em menos de uma semana por supostos desvios de recursos da Assembleia Legislativa do Pará durante o período em que ocupou a presidência da Casa (2003-2007).
    AGUIRRE TALENTO
    DE BELÉM

    Esta segunda ação civil pública, protocolada pelo Ministério Público do Pará, trata de supostas fraudes em licitações de obras, que incluem até a contratação de uma fábrica de tapioca para realizar serviços de engenharia.


    Na última quinta-feira (26), o senador já havia sido denunciado em ação sobre fraudes na folha de pagamento no mesmo período.

    A ação pede que ele e mais outros dez acusados devolvam R$ 13 milhões aos cofres públicos.

    No inquérito, o Ministério Público demonstra que houve 101 licitações fraudadas no período.

    Lula Marques - 24.ago.2011/Folhapress
    Senador Mário Couto no plenário do Senado
    Senador Mário Couto no plenário do Senado

    Donos das empresas afirmaram, em depoimentos, que não haviam participado das licitações na qual constavam como vencedores.

    Há ainda casos de empresas que foram abertas exclusivamente para participar das licitações da Assembleia.

    Como presidente, cabia ao senador Mário Couto ordenar e fiscalizar a execução de despesas, motivo pelo qual é um dos acusados na ação.

    Sua filha, Cilene Couto, hoje deputada estadual pelo PSDB, também foi denunciada por ocupar o cargo de coordenadora geral da comissão de controle interno durante a gestão do pai. Cabia a ela a função de fiscalizar as despesas.

    Os outros servidores denunciados eram integrantes da comissão de licitação de obras de engenharia, onde ocorriam as supostas fraudes.

    A assessoria do senador Mário Couto informou que, apesar de ele ter sido o presidente da Casa, ele não tinha conhecimento das irregularidades.

    Couto já havia afirmado que as denúncias são motivadas por perseguição pessoal de um promotor do Ministério Público do Estado contra ele.

    A deputada Cilene Couto não foi localizada pela Folha para comentar o caso.


    Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br

    domingo, 29 de janeiro de 2012

    Nossa... parece coisa nova.....

    Senador Mario Couto (PSDB) é denunciado por desvio de verbas no PA

    Senador Mário Couto no plenário do Senado

    O senador Mário Couto (PSDB-PA) foi denunciado, em ação civil pública, sob acusação de envolvimento em um esquema de desvio de recursos da Assembleia Legislativa do Pará entre 2003 e 2007, período em que foi presidente da Casa.

    O Ministério Público do Pará, que ajuizou a ação nesta quinta-feira (26), pede o bloqueio dos bens do senador e que ele e outros 15 acusados devolvam R$ 2,3 milhões aos cofres públicos.As informações sãodo jornal Folha de São Paulo

    O esquema consistia em fraude na folha de pagamento do Legislativo, com a contratação de servidores-fantasmas.

    Além de Mário Couto, sua filha Cilene Couto também é denunciada na ação. Ela fazia parte do setor de controle interno da Assembleia durante a gestão do pai.

    Como presidente da Casa, cabia a Couto nomear, contratar e demitir servidores, além de fiscalizar a folha de pagamento.

    A ação cita o exemplo de onze funcionários-fantasmas que, em depoimentos, negaram que trabalhassem no órgão. O salário da maioria deles era superior a R$ 10 mil mensais. Os valores eram desviados.

    A ação civil pública também acusa outros integrantes do setor de controle interno e servidores que, segundo a Promotoria, receberam os recursos desviados.

    A Justiça do Pará ainda não decidiu se acolhe a ação.

    O Ministério Público também investiga supostas fraudes em licitações de obras da Assembleia Legislativa, que envolve uso de empresas-fantasmas e até a contratação de uma fábrica de tapioca.

    De acordo com sua assessoria, Mário Couto diz que a ação é movida por uma desavença pessoal de um dos promotores contra ele.

    Cilene Couto, que atualmente é deputada estadual pelo PSDB, não foi localizada pela Folha para comentar o caso.

    quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

    BBB - o fundo do poço

    Artigo sobre o BBB* – Luís Fernando Veríssimo

    Publicado a 24 Janeiro 2011 por Vitalves

    Artigo sobre o BBB* – Luís Fernando Veríssimo
    Artigo sobre o BBB* – Luís Fernando Veríssimo

    big brother Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. [...] Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
    [...] Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
    Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
    Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
    Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.
    Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
    Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
    Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
    O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
    Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
    Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores). Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
    Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

    Obs.: BBB* - Big Brother Brasil

    ( Luís Fernando Veríssimo )

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